terça-feira, 10 de maio de 2011

Sobre a realidade...

 
Entro no banheiro e sinto um cheiro adocicado de banana.
É lá que fica o lixo da casa. Na verdade o lixo e o resto que é lixo.
O cheiro adocicado de banana invade minhas narinas, a casca amarelada tá enegrecendo na lixeira enquanto eu mijo. Mais um pouco de mim tá se esvaindo em líquido. Graças que não é alcóol.
Na volta, pro quarto, dou uma topada. Na mão, não nos pés. Minha falanges doem com o tapa inverso na cadeira de aluminio. Caralho, eu tenho uma cadeira de alumínio e só me dei conta tentando achar uma palavra melhor do que ferro, porque, eu tenho a mania de querer descrever o mínimo possível do que têm a minha volta sem me perder em detalhes. 
Como o Tolkien. Que se perdia, mas ganhava em descrição. Como Bortolotto. Que se perde em detalhes, mas ganha de mim. Primeiro, pelo simples fato de escrever melhor.
Ok, exercício diurno criado agora.
Uma revista de tattoo com a Mel Lisboa na capa. Tá gostosa demais. Não tenho coragem de bater uma pra ela. Primeiro que a revista é boa demais pra ficar melada e segundo, sei lá, é a Mel Lisboa.
Encima da revista tem meus fones de ouvido com cera. Meu celular riscado e um cartão do kjá. Um artista de rua foda. Se já é de rua pra mim já é foda. Se pelo menos ousa, já pode tomar uma cerveja comigo. O kjá merece um engradado. Deixei o cartão dele no bolso da calça e foi pra máquina de lavar. Tá vivo. Dá pra ler tudinho. O cartão é bom.
Têm esse laptop todo fudido. Um dia a tela cai mais um pouco e aí, bye-bye wonderland of internet.
O livro do Histórias Extraordinárias com uma boca meio Gestalt na capa. Não é o do Poe. É brazuca. Razoavel, mas roubei carinhosamente um texto daqui pra fazer como monologo. Espero que o autor ao ler isso, não me processe. Se processar, convido ele pra assistir. Meu PS3. É um PS3. Não tenho comentários. Alguns jogos do lado e DVD da Elis. Uma caixinha de música que toca Let It Be. Dois aros de argola dentro da caixinha de moedas e a TV.
Os aros são interessantes, e aqui termina o exercício.
Como eu ia dizendo e você me interrompeu, os aros são interessantes.
São da menina de peitos perfeitos.
De acordo com ela, tinha 'peitos de um menino'. Terminou que colocou esses silicones e no corpo mignon dela, ficou perfeito. Ela colocou o tamanho 'cabe no meu corpo e na sua boca'. Não é exagerado, é um tesão. Meu pau sobe só de pensar. Além de que, ela têm olhos verdes e uma vontade de dar. De quem chupa você sem medo de onde vai parar a boca, a porra, e até a saliva. De arranhar, morder e acima de tudo querer ser comida. A quantidade de posições em pouco tempo é absurda. Além, é claro do mais importante: Una Muchacha Putana que sabe falar bem, que se misteriosa é mais apetecível, e, assim mais ela.
Falei que era interessante os aros...

Ela vai voltar, vai querer os aros de volta. São dois. eu vou guardar um. Ela vai voltar duas vezes. Vou comer ela mais duas vezes. No total, uma tríplice de fodelança e sinceramente de amor. Caralho. O que eu tô falando...
Amor é a única coisa que não pode ser dita aqui. Isso é a realidade.
Minha mão tá doendo pra caralho.

sábado, 26 de março de 2011

Tudo entre nos é feito de lágrimas

 
Não há verdade mais bonita do que uma mulher chorar em público. De chorar sentada num bar.
Mais bonito é um homem chorar numa mesa de bar procurando no fundo do copo, uma solução para seus problemas. Mais do que isso, solução para aquela hora. Solução agora.
Um homem e uma mulher sentados na mesma mesa choram, se emocionam, por motivos diversos, mas únicos, por serem companheiros, até na dor.
Deixar vergonha de lado e o que for á ponto do garçon oferecer doce pro amargo da vida.
Têm muito chão pro inferno que se pega na vida. Essa estrada com demônios, labaredas sinalizando vias, asfalto quente que queima e marca.
Todo motociclista sabe o que eu estou dizendo.
Todo homem que já chorou em público sabe o que eu estou dizendo.
Já fui acusado muitas vezes de esconder meus sentimentos, ou ser emotivo de mais, mas com as coisas erradas. Um amor que reclama que você não sofre porque não vê lágrimas, não necessariamente quer dizer que você não esteja penando. E depois, muitas vezes não chorei para esse amor, porque tinha mais raiva e ódio do que paixão, e se chorei, e chorei sim, muitas vezes na mesa de um bar. Sem ter tocado na bebida.
Agora, me deixem com a minha dor, e vão resolver suas felicidades e paixões, seus temores e suas aflições. Agora eu estou ótimo, vivendo o que deveria viver e se chorar vai ser de muita alegria.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O horário de verão mudou.


E mudou mesmo. Junto mudou umas outras coisas. Como eu não querer beber. 
Isso tem uma explicação plausível.
Estava organizando uma festa, e eu tava querendo estar ciente do que estava acontecendo. Meio inexplicável?
Eu estava só no ‘refri’ e vim para casa cedo depois da festa. Começou as 19hrs e terminou as 23.30hrs. Cheguei em casa era 2.15. Na verdade, era 1.15 por causa do horário de verão e isso mudou também.
Eu soube disso e fiquei cansado, pronto pra tomar um banho e deitar. Fiz isso.
Aí meu telefone toca e essa é a parte da história que nunca muda. Meu telefone tocou e ela ligou. Ela é a pessoa nova que entrou na minha vida. Ela consegue me deixar louco só de ouvir a voz dela. Quase como a Ella Fitzgerald cantando Summertime. Louco de bom.
Ela beija bem e se concentra nisso. Ela passa a mão onde tem que passar quando sente vontade. Ela só existe há 48 horas e quero que ela exista por 48 dias, semanas e algo assim. Ela é complicada, e, ela me liga de madrugada pra me ver. Pra me dizer que ta com saudade, e cá entre nós, blog e eu; meu pau fica duro só de ouvir a voz dela.
Eu tava dormindo já e ela do outro lado da linha.
‘Onde você ta?’
‘Acabei de chegar em casa.’
‘Acabei de chegar na lapa. Vêm pra cá. Tô no deposíto.’
‘Agora?’
‘Tâ bêbado?’
‘Agora?’
‘Chato.’
‘Deixa eu descansar e eu vou’. O Anderson Silva na TV.
‘Daqui há uma hora eu te ligo pra você vir, heim?’ Chiado no fundo e voz de mulher rindo.
‘Tá bom.’ A Cibelle canta num clipe novo.
‘Quem ta ai?’
‘TV. Deixei ligado.’
‘Tá. Vem...’

Eu vou. Me ergo com o hidratante de dormir e tudo o mais. Ponho roupa, escolho chapéu. Tudo mudou sim. Alguém ta me ligando pra me ver, alguém que pelas atitudes quer me preservar de algo ruim, como tempestade que se aproxima. Não sei. A Pepe está guardada no meu coração. Isso mudou também. Eu não me preocupo com a doença da distância. Eu quero ela. Tô bebendo bem menos, comendo melhor, não que comesse ruim, mas uma dieta de quem quer ficar com um corpo de atleta. Isso é sério. As horas mudaram. E eu to com meu estomago adiantado.
O Celular pisca: ‘Vem logo. *?*’
Eu dormiria se fosse em outros tempos. Eu vou logo.